Papá, por favor, apanha-me a Lua

Plano Nacional de Leitura

Todos os esforços valem a pena quando se trata de alcançar qualquer coisa que evoque sonhos e aventuras. Um atrativo jogo de tamanhos e direções disposto em desafiantes páginas desdobráveis.

A Lua desempenha um papel de relevo na infância e é protagonista de inúmeras histórias. Relaciona-se com os sonhos, as aventuras e também com os desejos difíceis de concretizar, tal como acontece neste álbum, em que Eric Carle narra as atribulações de um pai que, para satisfazer a vontade da filha, se vê obrigado a escalar uma elevada montanha, entre outros esforços, até chegar ao céu… Para além disso, um dos principais atrativos deste livro reside no jogo de tamanhos e direções que o autor propõe e para o qual cria um original sistema de páginas que se desdobram em vários sentidos, segundo as exigências da cena: para os lados, para cima, para baixo, de dentro para fora e ao contrário; exigências essas que ultrapassam as dimensões do álbum, ao mesmo tempo que lhe imprimem movimento. Esta obra ajuda, em simultâneo, os seus leitores a educar o olhar e a dirigi-lo na direção ascendente, descendente, da direita para a esquerda, e vice-versa, sendo ainda de grande utilidade para os primeiros leitores, sobretudo através da manipulação extremamente atrativa que proporciona e que lhes facilita a abertura e o fecho das respetivas páginas. Com as suas inconfundíveis colagens, o autor logra uma estética animada e cheia de colorido.